Sigh...

Silêncio. Caixas. Mais caixas. Caixas montadas e caixas pra montar. Fitas adesivas e pincéis atômicos. Tudo quieto, tudo desligado, desconectado, empilhado. Sentimento amargo…

Dia seguinte. Gente trabalhando, conversando, fazendo piada, bom-humor. E embrulhando, empacotando, selecionando, inventariando.

Mais silêncio. Nada pra comer, nenhum lugar pra sentar, dormir, nada pra assistir. Muito silêncio. E caixas. Mais caixas. Silêncio sufocante, ensurdecedor. Ansiedade.

Dia seguinte. Gente trabalhando, conversando, fazendo piada, bom-humor. E embrulhando, empacotando, selecionando, inventariando. E carregando o contêiner. Mais piada. Mais bom-humor. Assina aqui.... Adeus.

Silêncio. Vazio. Solidão. Nada pra comer, nada pra sentar, dormir, nada pra assistir. Muito silêncio. Silêncio entediante. O pior já passou. Alívio momentâneo.

Dia seguinte. Gente trabalhando, limpando, em silêncio, imersos em seus headphones e em seus universos. Cansaço. Jantar com poucos amigos. Vinho. Vodka.

Silêncio. Colchão inflável, saco de dormir. Que caralho de pulga que está me mordendo a noite inteira? Porra! Nunca teve isso aqui! Mais de 20 mordidas nos braços e pernas. Vá se foder!

Manhã. Silêncio quebrado pelo teclar deste post. Vazio completo. Malas. Malas grandes e pesadas. E-mails de amigos distantes. Planos. Expectativas. Esperança.

Mais quatro dias pela frente.